Reunião com DNIT definirá início das obras de remanejamento da rede de gás na BR-470

Uma reunião entre DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) e SCGÁS (Companhia de Gás de Santa Catarina) que acontecerá nos próximos 15 dias marcará o início da mobilização da SCGÁS para execução das obras de remanejamento e proteção da rede de gás natural localizada às margens da BR-470. A companhia aguarda do órgão federal a especificação dos trechos já liberados para intervenções que, após encaminhada, dará início a contratação da empreiteira vencedora da licitação e mobilização do canteiro de obras no local definido.

 

No dia 20 de maio de 2014 a SCGÁS homologou o certame licitatório para contratação de empreiteira responsável pelas obras. A empresa Geometral Engenharia Ltda. foi a primeira colocada na concorrência, que realizará 20km de interferências no trecho do KM 0 ao 73 da rodovia BR-470 (entre Navegantes e Indaial). Destes, 10km serão de remanejamento (desvio do traçado do gasoduto) e outros 10km serão de proteção (construção de lajes subterrâneas para impedir danos à tubulação). O investimento previsto, nessa primeira fase, é de até R$17 milhões, custeados com recursos próprios da SCGÁS.

 

Entenda o caso

 

Devido às já iniciadas obras de duplicação da BR-470, a SCGÁS deu início ao processo de remanejamento e proteção da rede de gás localizada sob a faixa de domínio da rodovia. A rede em questão está em funcionamento desde o ano 2000, quando a SCGÁS iniciou suas operações. Ela atende a cerca de 100 clientes, destacadamente do segmento industrial têxtil, e distribui um montante aproximado de 190 mil m³ de gás natural diariamente, que equivale a 10% do volume distribuído em todo o Estado.

 

Perguntas e respostas

 

Por que esta obra é necessária?

 

A duplicação da rodovia ocupará em alguns trechos a área das margens da rodovia pela qual passa atualmente a rede de gás natural da SCGÁS. Como isso impedirá que a equipe técnica da SCGÁS tenha acesso à rede em caso de necessidade de manutenção, a rede precisa ser transportada para o limite da nova margem de domínio nos pontos onde esse problema ocorre.

 

Nos pontos em que os trabalhos de terraplanagem ou alteração do nível do solo na área da rodovia alcançarem níveis considerados críticos (risco de rompimento devido ao impacto de máquinas da obra) será construída uma laje de cimento sobre a rede para sua proteção.

 

Como será garantida a segurança da obra?

 

Esta é uma obra complexa e que requer especial cautela nos procedimentos de segurança, já que envolve manejo de rede em operação. O primeiro procedimento de segurança será a redução da pressão interna do sistema de 35kg/cm² para 25kg/cm². Ademais, no decorrer de todo o período de obra os trabalhos serão supervisionados por um fiscal de obra do corpo próprio da SCGÁS, um engenheiro-técnico de segurança operacional (sob gestão da área de operações e manutenção da SCGÁS) e um técnico em segurança (sob gestão da área de segurança e meio-ambiente da SCGÁS).

 

Por que a rede está situada no limite da faixa de domínio das rodovias?

 

A definição do trajeto de uma rede de distribuição de gás natural obedece às lógicas de logística de distribuição, segurança e custo de implantação. Como os clientes de maior índice de consumo (indústrias e postos de GNV) e que viabilizam os investimentos em expansão de oferta em alguns mercados estão situados nas imediações das rodovias, estas acabam sendo a opção mais eficiente do ponto de vista operacional para otimização de recursos. A implantação da rede na faixa de domínio também exime mais custos e instabilidade jurídica decorrentes de desapropriações de terra. Por fim, a implantação da rede nas margens das estradas também proporciona maior segurança operacional porque garante acesso mais rápido em caso de danos à rede e maior proteção oferecida pelo asfalto da rodovia.

 

Para a implantação da rede a SCGÁS segue as orientações da Instrução de Serviço Nº 8 de 19/05/2008, publicada no Diário Oficial da União pelo DNIT.

 

Por que a SCGÁS está estendendo a rede na BR-470 em direção à Serra Catarinense visto que há possibilidade futura de duplicação deste trecho?

 

A SCGÁS entende que a antecipação da oferta do gás natural é de grande importância para o desenvolvimento da sociedade do ponto de vista econômico e social. Faz parte de missão da companhia a expansão da oferta do gás natural para as regiões menos desenvolvidas do interior do Estado de Santa Catarina de forma a incentivar investimentos, diminuir custos e aumentar a eficiência e a qualidade do setor produtivo de forma igualitária no Estado. Nesse sentido, a SCGÁS considera ser de extrema importância a antecipação da oferta ao interior, já que ela também antecipa as receitas e estimula a economia sistêmica dos mercados onde está presente.

 

Quanto ao caso específico da BR-470, a espera pelo projeto da obra de duplicação para implantar a rede implicaria no adiamento desta obra por tempo indeterminado e prejudicaria os setores da economia que dependem do gás natural para manterem a sua competitividade.

 

Haverá impacto no trânsito?

 

Isso poderá ser respondido pelo DNIT apenas após estipulado o cronograma das obras.

 

Como é possível remanejar a rede de distribuição de gás natural com segurança e sem interromper o atendimento aos clientes?

 

Isto torna-se possível através de uma técnica denominada furo em carga, na qual primeiramente é posicionada a rede, denominada by-pass, com o novo traçado estipulado. Em seguida é realizada uma operação de bloqueio duplo do trecho que será descartado e simultaneamente o gás é desviado para o by-pass



Fonte da notícia em: SCGÁS
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